quinta-feira, 9 de maio de 2013

A imprensa mentirosa e a farsa da "Cura Gay"





Falha de São Paulo

Por que jornais existem? É para transmitir as notícias ou uma ideologia? Pelo menos atualmente, não restam dúvidas quanto a essas perguntas.

Todos os jornais (Folha) estão reportando que o pastor Marco Feliciano - aquele que eles taxam de racista, homofóbico, intolerante, sexista, etc - teria colocado na pauta de discussão da Comissão de Direitos Humanos o projeto de "Cura Gay". Ao ler essa notícia, logo me espantei com a atitude insana que o deputado teria; porém, ao acreditar no que li nos jornais, mais uma vez fui enganado.

Fatos

1-O projeto de "Cura Gay" de Feliciano cura gays? Não.
2-Feliciano acha que a homossexualidade é doença? Não.
3-O projeto vai forçar gays a serem curados? Não.
4-Psicólogos poderão tratar da sexualidade de pacientes gays sem o consentimento deles? Não
5-O tal projeto de "Cura gay" tem o objetivo de curar gays? Não.

O que seria na verdade esse projeto de "Cura Gay"?

O projeto que Feliciano quer colocar em discussão na CDH quer repelir uma decisão do Conselho Federal de Psicologia que proíbe os psicólogo de cuidar da sexualidade de um paciente gay que quiser voluntariamente deixar de sê-lo.

Todos sabemos que existem muitos gays, que por diversos motivos, não gostam de sua orientação sexual. Logo, procuram profissionais para tentarem ajudá-los. O que a decisão do Conselho Federal de Psicologia faz é impedir que homossexuais possam procurar psicólogos para reverter sua orientação sexual, deixando-os sem a ajuda de um profissional para ajudá-los.

Portanto, os prejudicados por essa decisão não são só os psicólogos, mas os homossexuais que os procuram com tal finalidade. Essa decisão mitiga a liberdade profissional dos psicólogos, que não poderão mais atender a vontade de seus pacientes, além de mitigar o direito dos homossexual de decidirem sobre sua própria sexualidade.

Na prática, o Conselho Federal de Psicologia determinou nessa decisão que uma vez gay, sempre gay, ou seja, não se pode mexer da conduta sexual homossexual dos pacientes. Em outras palavras, um hétero pode procurar um psicólogo se quiser virar gay, mas um gay que quiser virar hétero não pode. Logo, a decisão do Conselho repele a vontade individual e voluntária dos pacientes.

Todos sabemos que a homossexualidade não é uma doença e que existem ex-gays, da mesma forma que existem ex-héteros. A homossexualidade não é santa para que não possa ser discutida. Se a pessoa é homossexual e se sente bem como tal, não cabe a ninguém questionar a sua sexualidade; porém, se a pessoa for gay e pagar para um pessoa para deixar de ser, não cabe a um profissional negar atender a um paciente apenas em virtude de sua orientação sexual.

O psicólogo pode até se negar a atender um gay que queira deixar a homossexualidade, mas o Conselho Federal de Psicologia não pode cassar o registro profissional do psicólogo que atender às demandas de um paciente gay que voluntariamente quiser mudar sua sexualidade.

Moral da história

Não existe Cura Gay. A imprensa só usa esse termo para manipular as pessoas a serem contra o projeto que invalida a decisão do Conselho Federal de Psicologia. A intenção dos jornais é simplesmente polemizar e usar do sensacionalismo para jogar seus leitores contra o projeto sem explicar o que de fato é o projeto. A Folha mais uma vez mostrou que não serve nem para ser embrulho ou para proteger o chão de tinta.

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